Mãe
Mãe Negra que na Savana
Deu-me a luz entre os leões
Sob um rubro pôr-do-sol
Que nossa pele inflama.
Mãe Guerreira, protetora e gentil,
Olhai por teus filhos que sangram
Por entre tuas mãos trêmulas,
Submetidos à condição servil.
Mãe Natureza, selvagem e amável,
Aceitai-nos em teus braços.
Saciando a fome de almas esquecidas
E corpos miseráveis.
Mãe Africana, perdão, mamãe... perdão
Se para longe de ti me levaram,
E na terra de Vera Cruz me forçaram
A silenciar tua voz em meu coração.
Que as chibatadas que lambem minhas costas
Possam servir para despertar a força que plantaste em minh’alma.
Oiram Ziul
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